Frenectomia no tratamento da Anquiloglossia - Relato de caso

Autores

  • Danuze Batista Lamas Gravina
  • Caroline Fernandes da Costa
  • Marilia Rodrigues Moreira
  • Alexandre Franco Miranda
  • Adriano Gonçalves de Castro
  • Claúdia Maria de Souza Peruchi

DOI:

https://doi.org/10.47990/alop.v6i1.84

Palavras-chave:

Odontopediatri, Freio Lingua, Tratamento

Resumo

Introdução: O freio lingual é uma membrana mucosa aderida desde a base da língua até o rebordo alveolar. Esta estrutura no recém-nascido tem uma atuação importante no ato de sucção e amamentação. Um freio lingual curto influência na posição dos dentes nos arcos dentários, na amamentação e dificulta os movimentos da língua. Este aspecto patológico é chamado anquiloglossia. Relato de Caso: O presente trabalho relata o caso de uma criança, gênero feminino, 04 anos de idade, que compareceu com seu pai à Clínica de Odontopediatria da Universidade Católica de Brasília, com a queixa de “língua presa”. Após a anamnese, diagnosticou-se anquiloglossia. A criança apresentava o freio lingual aderido à base da língua e presença de diastema entre os incisivos centrais inferiores. Metodologia: Após a assinatura do Termo de Consentimento livre e Esclarecido pelo responsável, foi proposto como plano de tratamento a remoção cirúrgica do mesmo - frenectomia. A cirurgia foi realizada com sucesso, com remoção da membrana aderida, o que possibilitou à criança uma melhora imediata na sua fala. A mesma foi encaminhada para fonoaudiologia para recuperar fonemas que antes não conseguia pronunciar. Conclusão: A frenectomia devolveu as funções da língua ao sistema estomatognático da paciente, permitindo a execução de suas funções normais como transporte de alimentos, deglutição e correta articulação de palavras.

Referências

Baldani MH, Lopes CMDL, Scheidt WA. Prevalência de alterações orais em crianças atendidas na clinica odontológica da rede publica de Ponta Grossa –PR, Brasil. Pesqui Odontol Bras. 2001; 15( 4):302-07.

Emond A, Ingram J, Johnson D, Blair P, Whitelaw A, Copeland M, and Sutcliffe A. Randomised controlled trial of early frenotomy in breastfed infants with mild-moderate tongue-tie. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2014 May; 99(3): F189–F195. Published online 2013 Nov 18.doi:10.1136/archdischild-2013-305031

Messner AH, Lalakea L. The effect of ankyloglossia on speech in children. Otolaryngol Head Neck Surg. Dec 2002; 127(6): 539-45.

Pozza DH, Deyl JT, Cardoso ES, Cançado RP, Oliveira MG. Frenulectomia lingual: revisão da literatura e relato de caso clínico. Rev Odontol. UFES mai-aug 2003; 5 (2): 19-25

Segal LM, Stephenson R, Dawes M, Feldman P. Prevalence, diagnosis, and treatment of ankyloglossia: Methodologic review. Can Fam Physician. 2007; 53 (6): 1027-33.

Geddes DT, Kent JC, Mc Clellan HL, Garbin CP, Chadwick LM, Hartmann PE. Sucking characteristics of successfully breastfeeding infants with ankyloglossia: a case series . Acta Pædiatrica 2010; 99 ,301–3.

Brito SF, Marchesan IQ, Bosco CM, Carrilho ACA, Rehder MI. Lingual frenulum: classification and conduct according to speech language pathologist, odontologist and otorhinolaryngologist perspective. Rev CEFAC. São Paulo, 2008; 10(3):343-51.

Power RF, Murphy JF. Tongue-tie and frenotomy in infants with breastfeeding difficulties: achieving a balance. Arch Dis Child. 2014;99:Suppl 2 A502.

Marquesan IQ. Lingual frenulum: quantitative evaluation proposal. The Internatational Journal of Orofacial Myology. São Paulo, 2005; 31: 39-48.

Melo G, Isa FI, Melo NSFO. Anquiloglossia: prevalência entre crianças de 0 a 18 meses atendidas em uma unidade de saúde do município de Colombo. Revista Dens. 2007;15(2).

Jamieson LM, Bailie RS, Beneforti M, Koster CR, Spencer AJ. Dental self-care and dietary characteristics of remote-living Indigenous children. Rural and Remote Health. 6: 503 (online), 2006. http://www.rrh.org.au/publishedarticles/article_print_503.pdf

Braga LAS, Pantuzzo CA, Motta AR. Prevalence of change in frenulun lingual and its implications in speech of school children. Rev CEFAC. 2009;11(Supl3):378-90.

Madeira MC. Anatomia da Face. Bases anátomo-funcionais para prática odontológica. São Paulo : 8 ed ; Ed Sarvier ; 2013 cap 1.

Guedes-Pinto AC. Cirurgia em odontopediatria. In: Odontopediatria. 9. ed. São Paulo: Livraria Santos; 2016. p. 441

Kotlow L. Ankyloglossia (tongue-tie): a diagnostic and treatment quandary. Quintessence Int.1999; 30(4):259-62.

Yared KFG, Zenobio EG, Pacheco W. A etiologia multifatorial da recessão periodontal. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2006;11 (6):45-51.

Vieira EMM, Salineiro FS, Hespanhol D, Musis CR, Jardim Junior EG, Frequency of ankyloglossia in a community of native Brazilians. RGO - Rev Gaúcha Odontol. 2010; 58(2): 215-18.

Morisso MF, Berwig LC, Silva AMT. Ankyloglossia- Related Changes In The Stomatognathic System. RGO, Rev Gaúch. Odontol. 2012; 60 (2) 203-8.

Chaves JC, Silva FR, Breda A, Rodrigues AH, Fujinaga. Aleitamento materno e frênulo lingual: estudo de prevalência. Disponible en http://inesco.org.br/conferencias/index.php/2congresso/2cpsp/paper/view/345

Melo NSFO, Lima AAS, Fernandes A, Silva RPGVC. Anquiloglossia: relato de caso. RSBO. 2011; 8 (1):102-7.

Barot VJ, Vishnoi SL, Chandran S, Bakutra GV. Laser: The torch of freedom for ankyloglossia. Indian J Plast Surg. 2014; 47 (3): 418–22.

Lee SK, Kim YS, Lim CY. A pathological consideration of ankyloglossia and lingual myoplasty. Taehan Chikkwa Uisa hyophoe Chi. 1989; 27(3):287-308.

Publicado

2021-02-04

Edição

Seção

Relato de casos

Como Citar

Frenectomia no tratamento da Anquiloglossia - Relato de caso. (2021). Revista De Odontopediatria Latinoamericana, 6(1). https://doi.org/10.47990/alop.v6i1.84